domingo, 22 de novembro de 2009

CASAMENTO OU NAMORO, COMO SABER?

© Nikolay Mamluke | Dreamstime.com
Antigamente era fácil: casou no civil e religioso, estava casado; não casou, não estava. Hoje, tem quem casa (de papel passado) e separa e quem nunca se casa e vive junto até que a morte o separe. Tem casal que coabita e se diz namorado e que mora separado e se diz casado.

Uma solução poderia ser a dos racistas brasileiros que, na impossibilidade de definir cientificamente raça, resolveram considerar branco ou preto quem assim se declarar: quem se dissesse casado estaria casado, quem se dissesse namorado seria namorado. Simples, não?

Ao menos na segregação racial, o critério não vem dando certo, você se lembra: dois irmãos gêmeos idênticos declararam-se pretos para se beneficiarem da discriminação racial, um foi considerado verdadeiramente preto, o outro, apenas um branco mentiroso.

Vejamos a questão do casamento através do darwinismo. Na natureza, machos e fêmeas se unem para preservar a espécie. O ser humano contemporâneo é exceção, acasala-se para ter filhos ou exclusivamente por prazer. Minha proposta é simples: os casais que têm filhos são casados, os outros não. Assim, o casal que namora e tem filhos é casado, o que tem filhos e já não namora foi casado, e o que namora e (ainda) não tem filhos é namorado. Independentemente do que eles ou seus documentos dizem.

E os casais que biologicamente não podem ter filhos? Se adotarem, são casados; senão, continuam namorados.

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3 comentários:

Niels disse...

Transferindo o foco do casal para as crianças, você resolve inclusive a polêmica do casamento gay: Quer casar? Então adote!

Unknown disse...

Pois eu conheço casais sem filhos que são casadérrimos e casais casados oficialmente com filhos que eu diria que são "acasalados", mas não casados no sentido da boa relação que forma um casal...

Flávio Franklin disse...

Clô,
excelente observação! Usando de terminologia contratual, eu diria que seja qual for o objeto do contrato, sempre há quem o respeite mais ou menos fielmente, com maior ou menor entusiasmo. Minha proposta apenas define diferentes objetos contratuais: chamei de “namoro” o compromisso exclusivo entre dois adultos e “casamento” o “namoro” que inclui o compromisso mútuo com terceiros (os filhos). Dois contratos igualmente louváveis.